19/08/2007

Saudade de tempos mais simples

Saudade de quando eu era menos complexa, de quando todas as coisas me fascinavam de uma mesma forma inocente e bela, de quando não havia tantos sentimentos, bons ou ruins.
Saudade de quando as coisas ao meu redor exerciam aquele entorpecimento hipnotizador de parecerem realmente novas a cada dia.
Saudade de acreditar em um futuro bom, ou simplesmente em um futuro meu, sem viver implorando atenção, implodindo meu interior, despedindo meu orgulho, expulsando minha estima por mim mesma, de mim por hoje e pra sempre.
Saudade dos tempos em que hoje eu acredito terem sido reais ou o mais perto de uma lembrança palpável que eu possa ter. Éramos três. Os Três. Plenos, irmãos, reais, íntimos, próximos, abertos, unidos.




Mas no fim eu sempre acabo me ferrando.
Por mais surpreendentemente renovado e maduro que tudo possa parecer.



Me faz falta ter confiança plena nas pessoas, mas sinceramente?
Nunca mais.

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