24/11/2014

Life is pain

Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada
Abraçar e ser abraçada




Esticar meus braços no entorno dela, recostar meu queixo no seu ombro
Pensar que existe uma distensão do tempo quando minha pele toca o infinito



Mas não sentir tristeza, nem felicidade...
Só sentir um pedaço do meu rosto se desfazer
Uma lágrima secar ainda sem cair
Minha boca calar, porque não há nada que eu fale

ou escreva


que possa me fazer sentir amada de novo
 

23/11/2014

Pira funerária

é como se tudo fosse assim, um ciclo eterno controlado unicamente pelo tempo
tempo esse que ri de mim e passa, tal como criança que brinca nos cabelos da mãe
me faz carinho, coloca a mão sobre meus olhos, dorme aconchegada no meu peito

MAS EU ENVELHEÇO
EU ME DESFAÇO EM PEQUENOS PEDAÇOS
EU DEIXO VONTADES PARA TRÁS



E morro aos poucos
Todos os dias [sem renascer no dia seguinte]