19/02/2014

ruína ruína ruína

tomei nas mãos o meu destino, nunca me senti tão no controle de tudo
também nunca me senti tão sozinha

antes eu tinha milhares de perguntas, mas agora que eu tenho as respostas, outras coisas me surgem


...ainda piores... como poderia não ser?


16/02/2014

I'm out

Fiz uma listas das coisas que eu deveria levar comigo. Entre as coisas essenciais, lembranças. Uma caixa lotada delas. Se elas não me deixam, por que eu deveria deixá-las?
Parte da jornada se encerrou quando comecei a encaixotar as coisas pra ir embora. E isso é um processo lento e doloroso. Muito doloroso. Escolher partir por uma porta é fechar todas as outras. Eu não pretendo voltar. Não agora, não hoje, não amanhã, nem depois. Mas pensar nisso dói tanto que eu mal consigo respirar.
Estou deixando pra trás tudo o que eu fui, tudo o que me lembra das coisas ruins que eu passei. Difícil pensar que as coisas boas também ficaram pra trás. [Ficaram?]

Eu quero uma vida nova, um ar novo. Pra esquecer do que eu sofri e pra negar meus erros. Eu corro quilômetros, vejo estradas passarem pela janela do carro, assino contratos. A hora da despedida sempre vai ser a hora mais escura.

14/02/2014

C'est tout


Loucura e desapego. E medo.
Todos os meus monstros forçam a porta do quarto e tudo o que eu quero é ir embora pra longe. Muito longe.

Mas não dá... Fugir de si mesmo é uma utopia.

09/02/2014

Utopia ao caos, pt. I

Eu não sei o que tu pensa. Eu não sei o que se passa na tua cabeça. Isso não é [mais] um problema meu.
Eu não tenho problemas em imaginar que tudo o que as pessoas à tua volta estão fazendo, nada mais é do que apenas te proteger. Isso acontece porque elas se importam contigo em algum nível. Eu também não sei o que elas pensam, nem o que passa pela cabeça delas. Isso também não é um problema meu.
As pessoas à minha volta estão fazendo o mesmo. Elas me dão razão. Ao menos eu sei que as pessoas ao meu redor me dariam razão se houvesse alguém ao meu redor. é engraçado e irônico agora pensar que na nossa relação eu sempre fui a pessoa "cheia de amigos". Não, nenhum deles está ao meu lado agora. Na verdade duvido que em algum momento eles se importem com o que está escrito aqui [ou mesmo se eles sabem o que está se passando].
Eu não sei no que tu acredita. Tudo me faz pensar que tu está se tornando uma pessoa dura e orgulhosa. Que acha que eu parti teu coração, que, no final, eu te fiz uma pessoa pior. Eu não sei em quem tu acredita. Tudo me faz pensar que as pessoas (essas mesmo, que só querem te proteger) estão alimentando o teu orgulho até que ele vire uma verdade absoluta. Mas sabe... nós dois sabemos a verdade.
Não, eu nunca menti que te amava. Nem nunca fui leviana sobre meus planos. Eu apostei cada célula do meu corpo em ti. Talvez a minha personalidade prática faça parecer que está tudo bem, mas não está. Nada está bem. Tu me diz que na verdade quem tinha muito a perder no fim das contas era eu. Eu sempre soube disso. Eu sempre estive ciente das minhas decisões e do que elas acarretariam. Eu sempre soube que seria difícil. E foi isso que tu nunca entendeu.
Não, eu nunca tinha me sentido tão sozinha quanto agora. Sim, eu sinto saudade. E raiva. Tristeza e decepção também. Muita. Demais. Porque eu nunca, nunca fiz nada com a intensão de te machucar. E tudo o que eu consegui de ti foi descobrir que a pessoa que estava ao meu lado era alguém idealizado... Eu imaginei tudo, porque tu sabe como eu viajo sozinha e acho que ouço coisas, e enxergo coisas... Eu enxergo muitas coisas. Isso também inclui coisas que eu não gostaria de enxergar. Eu sempre quis estar errada. Isso nunca foi uma desculpa.
Do fundo do meu coração ferido, eu te desejo paz (sim, de novo). Paz pra dormir o sono que eu não durmo e pra sorrir o sorriso sincero que eu não sorrio. Te desejo calma e desapego. Te desejo acima de tudo a humildade que eu não tive pra admitir que eu sempre exigi demais de ti. E que por favor, tu não afaste os teus amigos. Eles são as poucas pessoas sinceras que te rodeiam [e possivelmente as poucas pessoas que continuarão ignorando as tuas mentiras a favor da amizade de anos que vocês têm].
Acho que só o que me resta é te pedir perdão por não ter enxergado a verdade antes e por ter te feito perder [tanto] tempo ao lado da grande mentirosa que no fim eu me tornei pra ti. Mesmo que tu te esqueça que no final, a gente tende a idealizar todo mundo. Então, que eu passe de anjo a demônio.

08/02/2014

XXYYXX

Vem numa dessas vontades de me jogar em um vício qualquer, raspar o cabelo, fazer uma nova tatuagem, me atirar na frente de um carro, dar encima da primeira pessoa que me passar na frente, chorar no telefone falando com um completo desconhecido. Mandar uma mensagem anônima pra alguém simplesmente falando pra ela de todos os problemas que eu estou passando... Por que não? Olhar para o telefone de última geração e pensar que nem ele consegue me aproximar de uma relação que não esteja condenada à ruína.


Não confio nas pessoas, não confio em mim mesma. Estou fadada ao auto-extermínio.



Ao menos ainda me restam os cães.