03/12/2012

La Lettre


Me deitei no chão de madeira esperando que o sol se virasse pra tocar a ponta dos meus dedos. Um gato ronronava perto do meu ouvido.
Mas perdi o tino e acordei assustada com uma claridade assustadora gritando nos meus olhos marejados de sono.

Me levantei, meio sem saber onde estava e por debaixo da porta que dava pra rua, vi que alguém passava rápido, colocando um envelope na caixa do correio. Corri, mas os passos da pessoa foram mais rápidos que o meu e eu a perdi de vista. Abri a porta com um estrépido, tropecei com os pés descalços no concreto quente da rua, abri o correio com as mãos desajeitadas... E lá dentro havia uma carta, limpa... Sem nada escrito, sem remetente, sem destinatário.



E dentro dela, um papel em branco.
E tudo o que eu pude sentir foi um inesquecível cheiro de flor.