11/04/2016

au revoir

Oh, veja, eu deveria comemorar o fato de que não há nada depois da esquina e o fato de que eu estou disposta a enfrentar qualquer animal predador que venha tentar rasgar minha garganta, mas...
Não há mais animal, não há mais perigo e de fato não há...



...mais nada.
E se há alguma coisa lá fora, tem cheiro de remédios, dorme metade do dia, planeja mudanças físicas na outra metade e no fim, não realiza nada. Mas é alguém sem nome, de fato é alguém muito perdido, muito novo e sem qualquer vontade de mudar isso.
Mas não dói, assustadoramente não dói, só cansa. E mais assustadoramente ainda consegue ser a possibilidade de que eu (e ela) conseguimos perfeitamente nos acostumarmos com esse silêncio.
(o silêncio me diz que vai ficar tudo bem)

Au revoir, ele diz. Au revoir!

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