23/05/2010

Preto, branco e Escalas de Cinza

 
Eu que vim desse mesmo infinito que corre atrás de mim, ofegante, que me arrebata, me consome, me engole sem cerimônia, sem sentido, sem ar.
E meu desejo é apagar essa tentativa de beleza, pintá-la de tinta fresca como a minha carne, viva, inimiga. E me deixar cair nesse abismo mudo, talvez ser absorvida.
Aqui, desse lado da porta fechada, apagar-me, esvair-me, desvanecer-te, enfim.

Nesse mundo, nessa hora-zero o que eu preciso
está ali, ao alcance de um pulo no abismo.
Infinita.

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