28/03/2010

Das coisas óbvias - Fantasia

Quando eu era pequena sempre fui meio isolada. Me relacionava com crianças mais velhas e seguidamente entrava em momentos de reclusão sem motivo aparente.
Muitas vezes a mãe me procurava porque eu sumia das brincadeiras com os primos e ao me achar no quarto brincando sozinha, recebia uma resposta bem adulta de "Só não estava mais afim de brincar com eles, vim brincar sozinha."
Eu sempre me virei bem sozinha quando se tratava de diversão. Consigo ainda fazer o tempo correr muito rápido se simplesmente deixar passá-lo enquanto eu leio, escrevo ou finjo olhar televisão. É bem simples na verdade.
O problema de tudo isso é que passar o tempo aumenta exponencialmente as minhas chances de divagar, que aumentam por sua vez as chances de que eu viaje na maionese completamente e aumente as coisas que ocorrem. Eu viajo mesmo, crio situações e tenho frases pré-fabricadas e réplicas para as réplicas.
Isso é ainda pior levando-se em conta que eu sou uma pessoa sentimental e rancorosa. Tudo acaba me levando a um estado de pré-ocupação, ansiedade e medo completamente desnecessário.

Sério, aprender a controlar isso está no topo da minha escada de prioridades.

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