17/02/2010

Blasfêmia

De um tempo que não é tempo.
De uma companhia que não é minha;
De algo que eu não me importe;
Vindo de um eu tão profundo, indizível, intrincado.
Eu que vejo todos aqui, perdidos;
Que me vejo própria e não lembro.
Eu que me dispo de tantas coisas,
Que ainda carrego tantas outras tatuadas na pele, nunca nua.
Pra um dia recomeçar, talvez;
Pra aspirar devagar o perfume da minha própria pele;
Eu que nunca pego o tempo nas mãos e só o vejo passar...
Das coisas que eu preciso, das listas que eu desfiz;
O contestar, a solidão pura, paz e interiorização únicos.
Ou talvez eu deva aceitar então o que simplesmente é.

{...}

 

Words, play me deja vu, like a radio tune I swear I've heard before.
Chill, is it something real, or the magic I'm feeding off your fingers?

Um comentário:

  1. [jess, se não fosse indigo esse texto tinha que ser cristal; é palavra que se corta entre o vento? paciência para os que se têm como donos do tempo!]

    um imenso abraço, Jess
    (mais um, que um só é sempre pouco!)

    Leonardo B.

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