13/06/2017

I'm still here, honey



De novo confinada na liberdade opressora da rotina.

Novamente sentindo que não parece fazer sentido sonhar.
Mais uma vez deixando coisas pra trás.

Pedaços de mim espalhados por aí.
Caindo como podres, sem que eu note, sem que haja controle.
E aquela sensação de vazio volta a me dar algum prazer. A dor. O controle.
O formigamento das mãos, a dor na nuca, a pontada nas costelas.
Ir ao limite do meu corpo da maneira mais silenciosa possível.

Prestar atenção ao fato de que eu não consigo mais prestar atenção em nada.

Você me dá música, você me dá livros, você enche a minha boca de álcool.
Me abraça e diz que vai ficar tudo bem. Puxa minha orelha, diz que eu preciso descansar.
Eu sorrio e conto infinitas pessoas que parecem se preocupar.
Mas que eu não tenho coragem de dizer: eu sou um caso sem solução












E eu solenemente as devolvo tudo o que eu tenho e tudo o que eu posso dar:

meu mais sincero s i l ê n c i o

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