16/02/2016

Happiness is a fragile thing

Há ainda essa dor no peito, essa irritação de não conseguir desligar, esse humor desviado torcendo meu corpo como um pano de chão. E eu me sinto em algum lugar entre o invisível e o fardo, como se as pessoas tivesse obrigações extremas de me carregarem no colo ou me esquecerem pra sempre, para o bem ou para o mal e dentro de tudo o que isso implica. Há ainda aquela necessidade estranha e necessária, não só pra mim, de que óbvio seja dito e estabelecido. Quando tudo o que eu quero é silêncio e carinho, eu ainda sou obrigada (no contrato de ser humana), a tentar sobreviver.
Distorcido é o fato de que os dias ainda correm sem que eu tenha controle, e que a falta de controle sobre as horas, por mais ilógico que isso pareça, ainda me abala. Ás vezes eu sinto como se em algum momento o tempo foi controlável e eu simplesmente agora me vejo sem esse poder. Parece que em algum dia, entre a dor, a perda, a felicidade e a motivação eu consegui dominar o momento de apagar, de perder coisas, de deixar de ver, de deixar de ouvir, de me deixar vulnerável ou aberta para surpresas e tudo que elas implicam. Eu consegui dobrar isso à minha vontade, como se faz com qualquer outra coisa muito mundana, como se eu tivesse quase a escolha de dormir (ou não). Dormir ainda não parece mais do que uma incômoda obrigação no contrato de ser humana. E não há meio-termo pra isso, ou há o céu ou o inferno. Ou há o perder tempo ou há o total esquecimento.
De qualquer forma, sobre o tempo ou sobre as pessoas; sobre as palavras, sobre as magias, sobre as técnicas, sobre as rezas e sobre as cartas colocadas na mesa, a sensação de estar perdendo algo ainda é a pior parte.



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