02/02/2016

Constatações in media res


As coisas são o que são. A busca de significados, que nos faz tão humanos, parece tão somente preencher nossa existência em justificar palavras e só existem como mais um meio de sobrevivência.
As coisas são o que são. As palavras são o que são. As pessoas são o que são. Embora seja dolorosamente fácil preenchê-las (as palavras e as pessoas) de outras coisas, nada faz com que elas se tornem outras por puro desejo de quem as ouve ou vê.
As coisas são o que são. Um "eu te amo" ainda é um  "eu te amo", para o bem ou para mal, não importando quantas interpretações meu coração leviano é capaz de atribuir a essas palavras.
Não há nada que as mude. Não há nada que elas mudem. Nem a minha humanidade, nem a minha resignação, nem a ciência, nem um alinhamento planetário ou sigilo.
Existem coisas pra mudar. Existem coisas pra aceitar.
E aceitar que algumas coisas não mudam está no topo da minha lista de prioridades.

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