26/07/2010

Pela décima vez


Não sei você, doce amor, mas eu me apego nesses pequenos detalhes. Essas palavras curtas, essas expressões, esses olhares e entrelinhas que aprendemos a usar e a notar todos os dias. Eu me apego.
Como aquele cara de olhos e alma azul me disse hoje, "Eu ouço ela há muito tempo, quase desde o inicio da carreira. Pode prestar atenção, pra ouvi-la cantar bem, mas bem de verdade, coloque um copo de whisky do lado e uma mulher bonita na platéia. Não havia quem não sentisse a voz dela encher o ambiente."
Eu ri. Achei um comentário interessante, me fez querer saber sobre a tal mulher a qual eu ouvi cantar algo que colou na minha cabeça... "Rompe a manhã da luz em fúria arder, dou gargalhada, dou dentada na maçã da luxúria, pra quê?"
Lembrei que conhecia a voz dela de algum lugar na minha infancia, ouvindo as fitas no radio do meu avô, mas então as palavras nao eram nada.
Procurei arquivos, baixei músicas, vi videos, li artigos e blogs abandonados que ela colecionou ao longo de anos. É uma mulher divina e infernal, digna de todas essas palavras que canta, apertada no peito, doída, carregada e forte. Dentro de todas as possiveis entrelinhas que recita abertamente, realmente alguém pra se ouvir e agora.... se entender.

"Através da fumaça neguei minha raça chorando, a repetir:
Ela é o veneno que eu escolhi pra morrer sem sentir."


Um comentário:

  1. Adorei o teu blog! :) É simplesmente único!

    Se quiseres faz uma visitinha ao meu espaço:

    http://o-meu-reino-da-noite.blogspot.com/

    Beijinhos e obrigada *

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