19/06/2010

Cinza-céu (ou "Aqui Sempre Chove")


Ao voltar para a casa em que estou hospedada, após pouco mais de 10 dias em uma viagem que me fez ver o mundo de uma forma mais real, descubro que todas as fotos que estavam na minha maquina fotografica foram permanentemente apagadas.
Meu primeiro impulso foi o de escorar o rosto nas mãos e chorar como uma criança. Louvre, Chateau de Versailles, a foto que eu tanto queria ao lado da estátua de Psique e Cupido, a foto ao lado da Mona Lisa, a foto do alto da Torre Eiffel. Moulin Rouge, Dom de Colonia, Champs Elisée, Museu do Vaticano, Arco do Triunfo, Coliseu, Foro Romano, Palatino, Capitolino, Boca da Verdade, Capela Sistina, e as fotos bobas das flores de Wuppertal e dos vitrais daquela capela pequena no meio da cidade. Tudo apagado.

Chorei por menos tempo que o normal. Ou pelo menos, menos tempo que eu estaria acostumada.

Durante uma tentativa de consolo, me disseram "ainda temos as que nós tiramos" e eu pensei "mas elas não tem a minha alma". Mas não chorei mais, e não lamentei por muito mais tempo; apenas agradeci e fui desfazer minhas malas. O mais importante dessa viagem (eu espero), está gravado em mim...

...e pensar assim me faz ver que já mudei mais do que esperava.

3 comentários:

  1. talvez ainda existam maneiras.
    voce sabe... aqueles programas de recuperar dados.. tente isto antes de bater fotos novas.

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  2. Oie Jess,

    gosto muito dos teus post...

    e tomara que a mudança que teve seja para melhor em todos os sentidos....

    fico esperando novos posts...

    té...

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  3. É verdade, existem programas mágicos que recuperam o irrecuperavel!
    Mas o mais importante nem foram as fotos, mas sim a conclusão que fizeste de ti mesma! Essa valeu o post!

    Abs!

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