07/06/2010

Aqui...



... que me perco em cada rua pequena, assim, devagar. Me sinto aqui ainda sozinha, isolada, mas com o infinito ao observar pela janela. Nada é mais infinito do que tudo o que eu vejo. Se é pelos olhos que me vêem verdadeiramente, é também por aqui que absorvo cada gota, cada lágrima, cada toque e canto do mundo que visto.
E talvez eu volte mesmo diferente, acordada desse sonho que me parece não existir, que me pareço não merecer, em que resisto ao minimo impulso de não tocar em nada disso, deixar assim, nessa memória que tento manter imaculada.
E não sonho, não até agora, com nada. Meu sono resume-se agora, no acordar e dormir e pensar "onde estou?" e adormeço novamente, vagarosamente, sem tentar descobrir a resposta.

O estar é isso: relembrar a história ao ver as fotos, sentir de novo o vento do litoral, ver novamente as luzes do por do sol nos vitrais, o sabor das iguarias do bairro antigo e sentir novamente o terror de estar tão alto naquela muralha.

Pra sempre registrado em mim.

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