26/08/2020

We already know it

Todos os últimos dias pela manhã rezo para que a sensação desapareça, sem sucesso. Fujo pro banho na esperança de dar alguma tarefa para minha mente fugidia e gasto o que parecem horas sonhando acordada enquanto a água quente demais escorre corpo abaixo. Discuto comigo mesma e esqueço das minhas próprias mãos enquanto elas mecanicamente percorrem meu corpo com o sabonete.

E novamente me encontro aqui, esquecida, distraída, fugidia, infinita, caótica, humana. Não há qualquer mudança que justifique isso que não seja alguma paixão infantil arrebatadora nascida de um intenso desejo de pertencer. Nada de novo.

no entanto há tanto o que dizer, que nada é falado

é só eu, no fim, sozinha, precisando
de atenção

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