05/09/2016

Ele me pega pelo pescoço dia sim, dia não, e sacode meu corpo pra fazer qualquer coisa balançar aqui dentro. Sinto um barulho hediondo partir de dentro do meu torso, um ruído de coisas quebradas batendo umas contra as outras, um gosto atípico de sangue gelado banhar minha língua enquanto eu só tento me livrar da sensação fantasma de ser chacoalhada pelo passado.
Mastigo partes estilhaçadas de baixa auto estima enquanto me recupero olhando meu futuro indeciso pela janela. Espero a chegada da serenidade com meu cigarro mentolado fazendo curvas de fumaça branca no ar. Mas a serenidade não chega. Enquanto isso, pacientemente o caos me estende as mãos.

"v e m c o m i g o"


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