30/12/2014

Sobre uma puta

Paguei.
E era como se eu estivesse comendo dinheiro: duro, áspero, cada vez pior de mastigar, pior ainda de engolir. Misturado à minha saliva, tornou-se um bolo insosso de celulose.
Empurrei pra baixo com chá de jasmin e comida japonesa. Peguei na mão dela e era como se eu pegasse um maço de notas de R$50. Pedi pra que ela me desse um beijo e sorri porque queria me convencer de que estava feliz.
Aquele gesto, talvez, o único carinho que eu fosse capaz de exigir.

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