01/02/2012

Burn!


É interessante pensar que a imagem que ele tem de mim é de alguém sempre no limiar da loucura. Sentada no chão, abraçando os joelhos e os olhos crepitando de pensamentos confusos, como uma fogueira que teima em não apagar.
Quando ele disse que ia mudar eu sorri resignada e fingi que acreditei. Me levou pra uma volta no ar condicionado do carro, me pagou um Apfelstrudel e disse que se preocupava comigo. De novo eu sorri e aceitei. E ele me deu razão, uma razão que em quatro anos eu lutei pra manter, uma razão que se abria além de mim.

Mas eu errei... E sabe, errei feio.
Eu decidi demais. Assumi coisas demais. Por mim, por nós.

Bobagem minha ficar surpresa com a acomodação que surgiu com tudo isso. (E se essa minha tenacidade acabar?) A verdade é que eu desisti. Desisti de pensar que eu mudaria alguma coisa de verdade, desisti de tentar, acabei por me dar conta que o caminho da ajuda tem duas vias e que uma viagem dessas, sabe... Não se faz sozinha.

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