19/04/2010
Azul Turquesa
- Tenho muitas coisas escritas aqui sobre você; - Eu não desvio os olhos do computador.
- Alguma é mentira? - Ele também não me olha.
- Não, aqui não costumo mentir, sobre nada, nem sobre mim.
- Por que?
- Porque isso é minha bolha de ar, meu lugar seguro, meu oxigênio, minha caverna sem portas.
- E porque tá me contando isso? - Ele me encara, sério.
- Não sei, nunca sei de nada. Gosta daqui?
- Não. - Ele suspira forte - É verdade demais, eu não precisava saber de tudo isso.
- Por que? Tem medo de algo?
- Não, não tenho medo, só acho que as pessoas não deviam se expor tanto. - Pega o casaco da cadeira e a mochila;
Ele vai embora, fechando a porta em um estrépido. E eu continuo escrevendo, talvez sobre sua ausência ou sobre a atenção que creio ele não dar às verdades que vem de mim.
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odeio o bater de portas.
ResponderExcluir"-Não, aqui não costumo mentir, sobre nada, nem sobre mim".
ResponderExcluirTudo que fala é verdade!! Sempre!!!
Sempre...
sempre naquele momento, naquele instante... nada do que sai do coração é mentira?! Então somos sim egoístas, pensamos primeiro em nós? *( ..eu não precisava saber de tudo isso... )
oO
Aqui é o recanto mesmo das verdades e o bater de portas sempre disse muito.
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