nessa cova rasa do teu rosto
aquilo que admiro de forma tímida,
mas que evito esconder.
Gosto disso, desse teu cheiro de pele índia,
do teu cabelo desalinhado, do teu carinho contido,
da tua irritabilidade passeando
no tênue limiar da tuas mãos
me puxando pelo braço pra irmos embora.
Mas detesto tua complacência, teu olhar de desprezo,
tua rudeza que desperta às vezes, falsa, passageira.
E essa tua feminilidade anos 20
vinda dessa tua submissão observada,
essa tua inteligência escondida,
essa subliminaridade, subversividade, droga mal feita,
efeito mal projetado, gracejo-hiprocrisia,
falsa tolerância, engraçado e grotesco,
como outras coisas mais que existem aí dentro.
Talvez eu te dê um chá de sumiço,
Talvez um chá de cadeira, talvez um de cogumelos.
Talvez eu corra atrás do teu caminhão de sorvete,
três dias e 2 continentes atrasada...
Mas então... não vai fazer mais diferença.