Eu sei que existe alguma coisa, algum motivo pra ele continuar batendo, mas não consigo sentir nada que não seja o nada. É só perda, meu amor. Uma perda que eu não consigo nem sentir direito, uma perda que não tem forma, que não é palpável nem dimensionável. Perdi o prazer das coisas simples e das coisas complexas, e não consigo achar culpados porque nem isso parece fazer sentido.
É ouvir a música, é dançar pra espantar uns demônios, é performar pra uma platéia vazia. Desde quando ela não está lá não faz a menor diferença. Não há prazer, só há dever. As coisas parecem ser o que são, nada fora do lugar. Há o respirar e o viver e parece que a vida se resume a isso. Mas se não há tristeza e logo não há felicidade, se não há a extravagância pra contrapor a serenidade...
Quem
sou
eu?
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