Relacionamento não é pré-requisito nem pretexto nem rótulo nem pode ser meu objetivo de vida. Eu me recuso a me sentir diminuída pelo teste da aprovação e do "ser" por outra pessoa. Eu existo. Eu sou válida.
Eu existo mesmo no silêncio, mesmo no escuro, mesmo quando meu corpo se dilui, derrete, se esvai ou adormece. Eu existo mesmo que minha mão não faça marcas no veludo. Eu existo mesmo que meu corpo não crie outra vida.
Eu existo quando ninguém me escuta.
Eu existo quando ninguém me toca.
Eu ainda existo quando ninguém me vê.
E é imensamente triste, triste mesmo, pensar que é isso que eu preciso repetir pra mim mesma todos os dias. Eu, que fui ensinada a amar e a agradar o outro, mas nunca fui ensinada como amar e agradar a mim mesma. Que sei como fazer alguém se sentir vivo, mas luto pra tentar entender como faço pra me sentir menos invisível.
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